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Journalism

Fiche : Journalism. Recherche parmi 298 000+ dissertations

Par   •  10 Avril 2013  •  Fiche  •  1 078 Mots (5 Pages)  •  715 Vues

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"A diferença entre o jornalismo e a literatura é que o jornalismo é ilegível e a literatura não é lida." Oscar Wilde

No início, todos os conhecimentos humanos ficavam juntos, não havia a especialização. A Matemática, por exemplo, era objeto de estudo da Filosofia. No setor da informação, acontecia o mesmo.

Emile Boivin, em sua Histoire du Jornalisme afirma que Homero foi o primeiro repórter que a história da humanidade registra ao narrar em Ilíada os combates gregos e troianos. No entanto, com a evolução da mídia, sabe-se que a obra grega é Literatura, nada tem a ver com o jornalismo na concepção moderna do termo. No Brasil, as manifestações literárias do primeiro século estão mais para o jornalismo que para a literatura, embora seja um capítulo dos estudos de Literatura Brasileira, pois começa com a Carta de Pero Vaz de Caminha, que é um cronista do reino, e passa por relatos de viajantes.

Nessa perspectiva, muitos teóricos não consideram Os Sertões, de Euclides da Cunha, uma obra literária, pois ela está mais para um tratado sociológico (real) do que para o artístico (ficcional). Como não seria literatura no sentido estrito os livros de Fernando Morais, como A Ilha, Chatô, Corações Sujos.

Alceu de Amoroso Lima, o Tristão de Ataíde, considerava o jornalismo um gênero literário. Talvez não diria isso se estivesse alcançado nossos dias, que se faz um jornalismo escrito meramente factual, querendo erroneamente concorrer com outras mídias.

Na verdade, o jornalista é o profissional do seu tempo, vive o cotidiano efêmero, com prazo de validade; enquanto o poeta, o romancista, o ensaísta está no plano da perenidade, querendo ser eterno.

Num passado recente, jornalismo e literatura, já considerados gêneros diferentes, estiveram de mãos dadas, pois todo jornalista era um escritor em potencial. É só se lembrar do folhetim no Rio de Janeiro, em que os livros, como Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida, eram publicados nos jornais, que eram semanários, em capítulos, a exemplo das novelas da televisão na atualidade.

Afirmam Flora Bender e Ilka Laurito no livro Crônica: História, Teoria e Prática que o folhetim era um espaço livre no rodapé do jornal, destinado a entreter o leitor e a dar-lhe uma pausa de descanso à enxurrada de notícias graves e pesadas que ocupavam as páginas dos jornais. Com o tempo, o folhetim passou a ser um atrativo para leitores, passando a publicar ficção, capítulos de livros.

Na década de 30, em pleno século 20, Vidas Secas teve assim sua primeira publicação. Daí surgiu a preocupação de Graciliano Ramos em fazer da obra uma novela, cujos capítulos podem ser lidos separadamente, para que o leitor de jornal não ficasse prejudicado.

JORNALISTA E ESCRITOR

O escritor francês Gustave Flaubert (1821-1880) escreveu: "Considero como uma das felicidades de minha vida não escrever nos jornais; isto faz mal a meu bolso, mas faz bem à minha consciência". Já Marcel Proust (1871-1922), também francês: "O que censuro aos jornais é fazermos prestar atenção todos os dias a coisas insignificantes, ao passo que nós lemos três ou quatro vezes na vida os livros em que há coisas essenciais".

Pelas citações, percebe-se que o escritor não gosta dos jornais, enquanto os jornalistas não se valorizam tanto se o guia das reflexões for Millôr Fernandes: "Em qualquer roda é fácil reconhecer um

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