Inseguranca alimentar.

O conceito de soberania alimentar, tal como proposto pela Via Campesina, é apresentado como um direito internacional deixa a possibilidade para as pessoas, os Estados ou grupos de Estados para pôr em prática as políticas agrícolas mais adequadas para o seu povo, sem que "eles podem ter um efeito negativo sobre as populações de outros países (Via Campesina, 2004). A soberania alimentar é, portanto, uma ruptura com a atual organização dos mercados agrícolas implementados pela OMC. Ele atribui grande importância às condições sociais e ambientais da produção de alimentos, defendendo um acesso mais equitativo à terra para os agricultores pobres, se necessário, por meio de uma reforma agrária e mecanismos estatais para garantir os direitos de utilização de terra. Assim, uma questão central é a segurança dos mercados agrícolas, que garanta um nível de preços agrícolas suficientemente remuneradores para que os agricultores pobres podem investir e quebrar o ciclo de pobreza graças a dos apoio público aos agricultores. A nível local, a soberania alimentar promove a manutenção da agricultura de proximidade, destinada principalmente a alimentar aos mercados regionais e nacionais. Além disso, a soberania alimentar defende culturas alimentares e da agricultura familiar, de pequena escala, a valorização do papel das mulheres e as técnicas agrícolas que promovem a auto-suficiência dos camponeses (como agroecologia), devido à sua maior eficiência econômica, social e ambiental, em comparação com a agricultura industrial e plantações em grande escala (Dufumier, 2010).

Questionando a abordagem neoliberal para a segurança alimentar, a promoção da soberania alimentar está em uma leitura crítica da economia política global, também está envolvido em um esforço para repensar o modelo agrícola e alimentar atual. Este conceito foi amplamente discutido e divulgado durante o Fórum Social Mundial em 2001 e foi gradualmente influenciado uma resposta alternativa para o problema da fome e da pobreza, especialmente no Brasil.

segurança e soberania alimentar no Brasil

Para a análise da evolução do debate sobre a segurança e soberania alimentar, bem como a implementação de políticas públicas no Brasil, contamos, em particular, sobre o conceito de repositório. Como sugerido por Pierre Muller (2010), uma política pública é um reflexo mais ou menos clara das apostas em torno da agenda política e social em um determinado momento. Assim, as política públicas agro-alimentares são definidos em razão de um lado, as representações dos problemas agrícolas, alimentares e rurais e, segundo, de um processo de ajustamento cognitivo que irá determinar os objetivos da ação pública e seus instrumentos. Estes expressam a visão, a um determinado momento e em concorrência com outros projetos,de um repositório de como deve ser resolvido os problemas agro-alimentares .

Na nossa perspectiva analítica, apresentaremos de forma sucinta nesta parte do trabalho, a evolução ao longo dos últimos cinquenta anos dos repositórios que orientam a ação pública brasileira na área de agroalimentar, a fim de localizar a concepção e o estabelecimento um dos principais programas sociais no Brasil. O Programa de Aquisição de Alimentos.

Na verdade, a política pública

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